quinta-feira, 16 de agosto de 2007

pli selon pli

quando escrevia no linguado sobre o natural, quando escrevi aqui sobre pôr os pés no chão, não quis dizer que nunca nós humanos devíamos ter-nos afastado do selvagem.

primeiro: minha crença e, para todos os efeitos, religião (por que não?) reside na proposição de que nunca nos afastamos da natureza: estamos nela e somos ela também.

segundo: já dizia spencer brown que "o nosso conhecimento do Universo supõe ao mesmo tempo familiaridade e estranheza; ele supõe o nosso exílio".

até onde deve ir esse exílio, qual é o limite para que não haja desligamento total? bem, acredito em uma constante espiritual que determina iterações num espaço de fase que nada mais é do que a evolução da nossa consciência como um sistema. embaralhou? explico: tenho fé (sim, ) que um possível limite de afastamento está próximo, que será recuperado sentimento de pertencer ao meio; esse movimento de dobra em cima de outra dobra é o que prenunciam os novos paradigmas.

minha fé não aponta para uma força divina, mas um atrator estranho que engloba todo o aparente caos-acaso das relações entre os componentes desse sistema universo. quanto mais caminhamos para o desequilíbrio, mais emergem padrões que contêm o desenho da totalidade do mundo, mais abrigamos sinais de que nosso ambiente não é em volta, mas em tudo.

voltando às palavras e ao seu exercício: dobras que contêm as dobras do mundo, a meu ver. aplico aí minha parte da constante espiritual e tenho um senhor prazer nessa atração estranha.

5 comentários:

Bassáltamo disse...

nhaê querida, muda de blog e nem avisa. fiquei impressionado com o primeiro link que tem aqui, o do CDS. vc tá fazendo? pq simplesmente é aminha meta.

Anônimo disse...

brunovski, avisei no blog antigo... =)

estou fazendo uma matéria como aluna especial lá no cds, quem sabe consigo entrar pro mestrado.

beijo!

Danielle Noronha disse...

muito bom. tenho pensado demais nesse tema. voce traduziu. :)
danitchka

Nostromo disse...

Abandonou o Orkut. Abandonou o blog. Mode quê?

Anônimo disse...

o orkut, por pura implicância.
o blog, não abandonei. confesso que estava na expectativa de receber comentários investigativos sobre a última postagem (ou até qualquer outra).
ademais, agruras da vida de toda sorte. mas isso só conto pessoalmente ou, no seu caso, andré, no msn.